30.7.09

Minha Tereza.

O caso era a pinta, que um dia ela quis esconder com maquiagem.
Um dia chegou um moço, e se apaixonou pela pinta, e levou a pinta pra ver o mundo.
Um dia nasceu uma pintinha.
Ela quis acreditar, não pode negar, que a pinta seria seu charme.
E a pinta sempre lá, sempre lá.
(Dizem que se virar o rosto não se vê)
Mas assim ela era reconhecida, pelo menos.
Era chegar, pensavam "Olha a menina da pinta"
Mas não de deboche.
Havia uma certa segurança, em ser a garota da pinta.
As espinhas iam e vinham envolta da pinta.
O batom, ora róseo ora acobreado, só enfeitava.
As vezes crescia, ficava quadrada.
Vinha o sol, e ela quase se perdia.
E ela tinha medo de perder sua marca amiga incorrigível.
Mas um dia
(Depois da juventude, e das coisas boas)
Depois da pintinha e do moço
Ela descobriu que
Como tudo que permanecia na sua vida
A pinta era um tumor.

2 comentários:

  1. fim tragico, o capuccino n te fez bem..

    ResponderExcluir
  2. Anônimo1:16 AM

    eu achei que fosse sobre a marilyn monroe!
    oozora.

    ResponderExcluir